domingo, 28 de abril de 2013

Quando o verniz estala


Há três coisas para as quais tenho uma absoluta incapacidade natural: tocar instrumentos musicais, fazer jogging e, a pior de todas, ARRANJAR AS UNHAS. 
Ok, cortar , limar e pintar com verniz transparente eu consigo. Qualquer miúda com 6 anos consegue. Mas mesmo assim, o verniz transparente só fica decente durante um dia ou dois. Problema é quando quero qualquer coisa mais fancy, e quero pintar a unhita com uma cor bonita e vistosa. Nada feito. O processo é uma tortura, porque não tenho paciência para esperar que as camadas sequem. Durante o processo, assim que acabo de passar a camada na décima unha, ou antes, tenho que ir fazer alguma coisa da cozinha, tirar roupa do estendal ou buscar alguma coisa a uma gaveta. E lá vai uma raspadela na pintura, que me  faz pegar na acetona e fazer de novo, só na unha estragada. Ora, ao pegar na acetona, é a desgraça: acabo por esfrangalhar o verniz em mais duas ou três unhas. E toca a tirar o verniz TODO,  e recomeçar. E depois volto a escanar as unhas outra vez, e depois acabo por deixar assim mesmo, porque sou teimosa. E ando a queixar-me da minha incapacidade durante o dia e meio em que consigo aguentar o verniz das unhas. Depois acabo por tirar tudo em fúria, e voltar ao verniz transparente. 
Trata-se de uma humilhação  O ultimo reduto de uma mulher é saber fazer a sua própria manicure. Andar de unhita arranjada. Qualquer sopeira faz o seu trabalho de unhas arranjadas hoje em dia. Eu não nasci com essa capacidade, o que me leva a crer que devia usar ferraduras. Sim, tipo mula, mesmo. Eu devia ir a um ferreiro fazer uma manicure francesa com extensões em ferro, ou aço inoxidável, para não enferrujar ao lavar a louça ou a esfregar o wc. 
Já tentei analisar as causas desta incapacidade. Cheguei a pensar que era das tarefas domesticas, que não consigo fazer de luvas ( talvez uma quarta incapacidade) . Mas nem por isso. Eu consigo dar cabo do verniz a abrir a carteira ou um pacote de batatas fritas. 
Desenganem-se se pensam que se fizesse a manicura fora que resolvia, com unhas de gel, ou gelinho, ou alguma coisa parecia. Been there, done that. Fui uma vez à esteticista. Saí de lá com uma manicure francesa toda bonitinha. Nesse dia à noite, antes de chegar a casa (!!!) Já tinha duas pontas feitas num oito. Irritadíssima com o facto, tentei tirar o verniz e não conseguia. Esses vernizes das esteticistas não saem com acetona. Fui a uma loja especializada para comprar acetona especializada. No way, disseram. Só na esteticista é que tiravam. Corroída de raiva, e a ver o verniz a estalar a cada dez minutos ou cada vez que abria e fechava a mala do pc, comecei a limar a superfície das unhas com lixa grossa. Ao fim de três dias, consegui tirar o verniz. E fiquei com as 10 unhas das mãos iguais às de um cadaver em decomposiçao. 
Portanto, resolvi reduzir-me à insignificância de verniz transparente.... e morrer de inveja das unhas das outras. 
Que raio... como é que elas conseguem????

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Back from outer space

Ora a desperate housewife voltou. Bem, desperada já nem tanto, e nao "voltou". Mudou-se. E mudou. Queixar, queixa-se sempre, porque mulher que não se queixa não esta boa da cabeça. Mas a Wilma agora nao queima os tachos do almoço, nao se queixa da lide de casa, e sabe fazer bolos e pudins (sem ser do pacote..), o que é um grande espanto, dadas as circunstancias. Por isso nao se admirem se por aqui aparecer uma receita ou outra... (sim, leram correctamente. Vai acontecer).